Preocupação que orienta a direção da CEPA crescer numericamente sem macular a qualidade da proposta ética espírita.

Harmonizando qualidade e quantidade estaremos assegurando a continuidade desse Projeto democrático, fraterno e livre-pensador.

 

Questão de Qualidade ou Quantidade

Costuma-se dizer que o crescimento de qualquer organização ocorre necessariamente em detrimento de sua qualidade doutrinária, como se uma lei fatal colocasse uma insuperável contradição entre a qualidade e a quantidade.

Chega-se a dizer que uma é inversamente proporcional a outra. Em certa medida existem razões para esse tipo de afirmação:

1. Movimentos religiosos surgidos em diversas regiões do planeta, guiados por líderes carismáticos e honestos que ensinavam elevados princípios morais éticos, quando cresceram e se organizaram transformaram-se em imensas estruturas burocráticas e autoritárias, completamente alienadas de suas fontes e princípios originais.

2. Partidos políticos das mais variadas orientações, que nasceram desfraldando redentoras bandeiras em prol da liberdade, da eqüidade e da justiça social, que ao deixar de ser minoritários acabaram convertidos em poderosas e corruptas maquinarias que só procuram ter acesso ao poder para granjear benefícios aos seus dirigentes e seguidores.

3. Em certos setores espíritas, que conquistaram parcelas de poder e influência social e que controlam importantes recursos e bens materiais, podem ser percebidos claramente os efeitos nocivos de um processo de burocratização que leva os dirigentes a tomar decisões ou assumir posições “friamente calculadas”, cuidando de seus interesses acima do supremo e único interesse que é a verdade, a honestidade e a transparência.

 

Qualidade e Participação

Todos no Espiritismo devemos refletir sobre essa questão e saber encontrar o ponto de equilíbrio.

Não podemos sacrificar a pureza dos ideais para engrossar listas de grupos ou de pessoas afiliadas e, tampouco, renunciar a expandir a doutrina e o movimento pelo exagerado temor de uma possível perversão ou desvio dos princípios.

Na orientação da C.E.P.A. seguimos tudo aquilo que harmoniza as bondades intrínsecas da Doutrina Espírita, como filosofia inspirada em irrenunciáveis princípios éticos, com uma estratégia de difusão e crescimento que já está produzindo magníficos resultados.

Nem isolamento, nem pragmatismo: fidelidade ao pensamento kardecista, conjugado com uma definida política de expansão institucional.

Todos estão convidados a participar desse maravilhoso projeto nitidamente kardecista, fraterno, democrático, progressista e livre-pensador que constitui a Confederação Espírita Pan-americana.